A Câmara Municipal de Itapetininga engalanou-se para comemorar o 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra em nossa terra.
Dia 20 de novembro de 1695 foi a morte de Zumbi, o libertador dos escravos. Nasceu Zumbi em 1655, aos 9 anos foi sequestrado no Quilombo dos Palmares por tropas portuguesas, criado por um padre e batizado com o nome de Francisco teve, durante 6 anos, lições de latim e português e ajudava o padre nas cerimônias religiosas.
Aos 15 anos fugiu, voltando para Palmares, na Serra da Barriga em Alagoas, que na época pertencia à Capitania de Pernambuco. No Quilombo encontrou sua avó, a princesa Aqualtune e seu tio Ganga Zuma.
Zumbi desentendeu-se com o tio e assumiu o comando do quilombo, que a essa altura, em 1680, já contava com 30 mil homens, a maioria de negros fugidos, tendo também muitos índios e brancos pobres. A Capitania de Pernambuco, depois de muita luta e de muitos revezes contrar Zumbi, contratou Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista, que organizou um exército muito forte, tendo até artilharia para arrasar o Quilombo Palmerino.
Zumbi era o chefe da República dos Palmares e comandou a resistência contra as tropas aguerridas de Jorge Velho. Os negros tinham uma desvantagem, pois estavam cercados no alto do morro, enquanto os atacantes podiam conseguir reforços e farta munição. Os Qilombolas encontravam-se em situação precária, sem munição de boca e de guerra.
Famintos e sem poder de fogo, muitos negros fugiram para o sertão, outros se suicidaram ou renderam-se aos atacantes vitoriosos.
Quando a derradeira trincheira foi batida, Zumbi correu ao ponto mais alto da Serra e viu, lá de cima, o seu reino desmoronado e saqueado. Brandiu então, a sua espada reluzente e saltou para o abismo, acompanhado de seus fieis amigos.
Sua cabeça cortada foi levada para Recife, onde foi exposta em praça pública, no alto de um mastro, para servir de exemplo para outros escravos. Era o dia 20 de novembro de 1695. Em homenagem ao Rei dos Palmares, essa data passsou a ser chamada o Dia da Consciência Negra e Zumbi, oficialmente reconhecido como heróí nacional.
Finda essa primeira cerimônia, a Sociedade dos Veteranos de 32/MMDC Paulistas de Itapetininga! Às Armas!! também prestou homenagem a um herói negro na Revolução Constitucionalista de São Paulo, nascido na terra de Venâncio Ayres.
O Diploma de Honta ao Mérito que transcrevemos, exalta a figura heróica do Cabo Blindado Durvalino de Toledo, veterano de 32:
Noite maravilhosa para mim. Matar a saudade da minha terra, minha querida Itapetininga, onde passei os anos dourados de minha vida e receber o Diploma de Honra ao Mérito Cabo Blindado Durvalino de Toledo, que pertenceu as fileiras do 8º Batalhão de Caçadores da gloriosa Força Pública de São Paulo.