Boa leitura!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Boas Novas

Ciapina e Ventura ... Bom dia amigos!
Jovens oficiais continuam, na Gazeta, a exaltar os feitos gloriosos da nossa PM, seu passado histórico e atuação no presente em prol da sociedade paulista, continuando a nossa atuação na televisão naqueles bons tempos... a peteca não pode cair...
Ventura, Abrilada passou. Agora vem o MMDC, logo em seguida o 9 de Julho. Vamos cuidar do Túnel da Mantiqueira, melhorar aquele mato histórico, ao que consta, meio abandonado.
Boa notícia: dois novos acadêmicos da Academia Militar Terrestre do Brasil. O Cel. Arruda (Comandante do CAES), patrono da cadeira "Miguel Costa" e Cel. Telhada (Comandante da ROTA), patrono da cadeira "Pedro Dias de Campos". A posse solene deverá acontecer no mês de junho próximo, no Quartel da Luz.
Saudações Tobianas a todos!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Canil da PM

O Cap. José Antônio de Melim Junior, aluno do CAO (Centro de Aperfeiçoamento de Oficiais), solicitou-me uma entrevista para esclarecer alguns pontos sobre o surgimento do Canil na PM.
Em 1950, o Cap. Djanir Caldas foi a Buenos Aires, lá permanecendo por dois meses, a fim de estagiar nos diversos departamentos policiais daquele país (informação fornecida pelo Cel. Arruda, Comandante do CAES).
Ao regressar ao Brasil, alvo de elogios do chefe da Polícia Federal Argentina, por sua dedicação, cultura e espírito de caramadagem, trouxe consigo, a título de doação, dois cães pastores alemães, que utilizou nas aulas de de adestramento, teórico e prática, no período de instrução que cumpriu naquele país (sic).
Os cães pastores foram abrigados na Escola de Educação Física tendo um tratador responsável. A alimentação, a princípio, foi fornecida pelo Serviço de Subsistência e o Regimento de Cavalaria destacou um veterinário para os cuidados devidos.
O número de cães foi aumentando gradativamente, tomando parte em muitas ocorrências policiais, destacando-se como verdadeiro heróis, no salvamento de pessoas, principalmente crianças em perigo, localizando desaparecidos.
Os Batalhões do interior, sentindo a importância do emprego dos mesmos no policiamento, foram paulatinamente inauguradando seus canis. Hoje, o Canil da PM, localizada no Barro Branco, no 3º. Batalhão de Choque é um ponto turístico, sendo um dos cartões postais da Corporação.
Sobre o Cap. Caldas um dos nossos heróis, voltaremos a falar, destacando outros fatos que fazem parte de nossa história.

sábado, 1 de maio de 2010

Bofete

Na apresentação deste blog, referi-me à minha terra natal, Bofete, situada no centro-oeste paulista, nas quebradas da Serra de Botucatu. É encantadoramente bela, ecológica, do petróleo e berço do Gigante que Dorme...

Eis a sua história:

Em 1840 chegaram os primeiros sertanistas na região, vindos de Minas Gerais, Srs. Vicente Ferreira da Costa, sua esposa Eugênia Maria do Carmo, João Antônio Gonçalves e Félix Ilário com suas famílias fixando suas residências na região, na época desabitada, havia apenas vastas áreas verdes onde a vegetação predominante era a samambaia. Em virtude da grande quantidade de tal vegetação, os recém-chegados deram ao lugar o nome de Samambaia.

Em 1843, já com a posse das terras, o sertanista Vicente Ferreira doou uma área para a igreja recém-construída. Foi doada uma imagem de Nossa Senhora da Piedade. A partir daí a comunidade condecorou a Santa como padroeira do vilarejo, passando a chamar-se Patrimônio de Nossa Senhora da Piedade. Em 28 de fevereiro de 1866, o então escrivão de Botucatu, Francisco Antônio Galvão, elevou a região à categoria de distrito daquele município, pela Lei Provincial nº. 06, passando a chamar-se Freguesia do Rio Bonito. O novo nome foi homenagem ao rio de águas límpidas e volumosas, com muitos peixes, que passava pelo vilarejo, hoje Rio do Peixe. Em 21 de abril de 1880, por outra Lei Provincial nº. 75, foi desmembrado do território de Botucatu, elevando à categoria de município, tornando-se independente.

Pela Lei Estadual nº. 1038, de 19 de setembro de 1906, a sede municipal foi elevada à categoria de cidade, com a responsabilidade de administrar o distrito de Pirambóia, incorporado ao novo município, ficando com uma área de 846 km2 e uma população de 12.700 habitantes. Em 21 de janeiro de 1921, na Lei nº. 1828, o município passou a denominar-se Bofete e pertencendo à comarca de Tatuí.

No ano de 1938, pelo Decreto Estadual nº. 9073, na gestão do farmacêutico Francisco Gorga, o distrito de Pirambóia foi desmembrado do município levando consigo uma área de 150 km2, deixando Bofete com 656 km2, a qual mantém atualmente. Em 1940, aconteceu o fenômeno demográfico, o município começou a ter problemas de desmatamento e queimadas para o cultivo da agricultura e pecuária.

Por se tratar de uma região arenosa, as terras perderam a fertilidade devido ao grande desmatamento e constantes queimadas, a agricultura enfraqueceu, ocorrendo um grande êxodo, reduzindo a população pela metade. Pelo Decreto Estadual nº. 14.334, de 30 de novembro de 1944, o município de Bofete foi transferido judicialmente, da comarca de Tatuí, para a comarca de Conchas.

Na década de 60, o município encontrava-se totalmente devastado, a vegetação nativa, grande parte formada por cerrado, foi destruída e substituída pelas lavouras de milho, café, feijão e inclusive extensos arrozais. O município foi um grande produtor de arroz, da década de 50 até o início de 70. O cultivo desse produto chegou a ter influência predominante na economia local, havia várias máquinas na cidade que beneficiava e vendia o produto para a população. Também é importante lembrar que o café teve seu período de ascensão. Com a super-exploração, e o fato do solo da região ser arenoso, não resistiu ao cultivo, começando a sofrer um processo de desagregação.

Para corrigir os problemas geográficos, os proprietários de terras foram orientados a utilizar técnicas naturais a fim de combater as erosões, e iniciaram um novo processo de recuperação do solo. A partir daí chegaram as primeiras sementes de braquiara, que foram semeadas para evitar erosões e ao mesmo tempo servir de alimentação para o rebanho bovino.
Com essa mudança radical, no decorrer dos anos mudou-se o comportamento econômico do município, consolidando-se o rebanho, tornando-se a economia predominante.

Seu nome é em homenagem ao grande morro que fica a seu pé. Por esse morro passava uma estrada que levava ao município de Tatuí, que era ponto de passagem dos sertanistas. No local havia grandes cavernas onde os tropeiros guardavam seus pertences, inclusive mantimentos. Por coincidência, na época havia um tipo de móvel de origem francesa, usado para estocar alimentos, que denominava Buffet. Os sertanistas aportuguesaram para 'bofete', tornando-se popular na comunidade.

Trexos extraídos do site: http://www.bofete.sp.gov.br/