Boa leitura!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Saindo do Forno....

            

Nossa gloriosa Polícia Militar, que o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar plantou no sagrado chão de Piratininga, nos seus 178 anos de vida, sempre se norteou, heroicamente, para servir a São Paulo e ao Brasil, cumprindo aquela legenda sagrada que alicerça o Brasão do nosso Estado-PRÓ BRASILIA FIANT EXIMIA (Para o Brasil façam-se grandes coisas). É oportuno lembrar que os duzentos anos se aproximam.


É deveras esplêndida a contribuição paulista na segurança da nossa Terra, pois, em todos os momentos críticos da nacionalidade brasileira, nos distúrbios sociais ou políticos, revoltas, revoluções ou guerras, São Paulo esteve sempre presente, com a sua Bandeira das Treze Listras tremulando, altaneira e majestosa, protegendo o ideal do nosso povo, honrando os ditames de sua heráldica - DE DIA E DE NOITE OS PAULISTAS DEFENDEM O BRASIL EM TODAS AS DIREÇÕES MESMO COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA. É o paulista com o Brasil no seu Brasão, na sua Bandeira e no seu coração.


Já no alvorecer da nossa história, os guerreiros vicentinos, com um pequeno exército tupiniquim, repeliram o invasor espanhol, alertando a Corte Portuguesa do valor imenso da terra de Santa Cruz e do perigo de invasão de Nações Européias, que já namoravam a Terra dos Papagaios e do Pau Brasil.


O Termo da Vila de São Vicente de 1542, provocou uma ordem régia, já em 1548, na qual o Soberano de Portugal, preocupado com a segurança da nova Colônia, determinou às Capitanias Hereditárias, que todas elas tivessem peças de artilharia, pólvora necessária, arcabuzes, catapultas, lanças, espingardas e espadas.


Portugal já havia arregimentado suas Tropas, em Lisboa, equipando-as, armando-as e treinando-as, à moda dos exércitos europeus, que já tinham se despojado das armas, das técnicas e táticas medievais.


Toda essa estrutura Portugal transferiu ao Brasil, iniciando o ciclo das Tropas de 1.ª Linha, que recebiam soldo; de 2.ª Linha, Milícias ou Auxiliares; 3.ª Linha, as Ordenanças, estas constituindo as raízes das Polícias Militares dos estados brasileiros.


Os Regimentos ou Terços dessas Tropas de Linha lutaram, bravamente, no sul do nosso País, contra os castelhanos, pois as guerras freqüentes entre Portugal e Espanha refletiam na Colônia, só terminando quando a Cisplatina se tornou a Nação Uruguaia. Não nos esqueçamos de destacar a atuação das Companhias de Ordenanças, na Praça de Iguatemi – o Cemitério dos Paulistas – no sul de Mato Grosso, pois a Coroa temia a invasão dos paraguaios, atraídos pelo ouro das Minas Gerais.


As Tropas de Primeira Linha são o Exército Nacional de hoje e as Milícias e as Ordenanças foram extintas, pelo Padre Diogo Antonio Feijó, quando Ministro da Justiça da Regência Trina, em 1831, o qual, com a mesma pena criou a Guarda Nacional (a Milícia Cidadã que prestou grandes serviços à Nação, sendo desmobilizada em setembro de 1922) e os Permanentes da Corte, recomendando aos Presidentes das Províncias igual providência. Assim, pois, foi criada a Guarda Municipal Permanente em nossa Província, pelo então Coronel de Milícia Rafael Tobias de Aguiar. É o nome de batismo da nossa Corporação, a qual, no decorrer dos anos foi denominada Corpo Policial Permanente, Corpo Policial Provisório, Força Pública Estadual, Força Policial e Força Pública que, na fusão com a Guarda Civil em 1970, tomou a denominação de Polícia Militar, em cujo Brasão resplandecem 18 Estrelas, na bordadura do Escudo, representantes dos marcos históricos da Corporação.


No Brasão destaca-se, à direita, a figura do bandeirante Domingos Jorge Velho, o vencedor do Quilombo dos Palmares. Está na posição de sentido, com bacamarte e espada, representando a epopéia dos Homens de botas de sete léguas, que chutaram as linhas das Tordesilhas para as bandas do oceano pacífico, triplicando a extensão da América Portuguesa, o milagre Brasil, gigante pela própria natureza.


Reproduzimos na bibliografia as obras consultadas de consagrados autores, a maioria já falecidos, que merecem as nossas homenagens e nossas orações. As fotos , quase todas, foram extraídas do livro “Tropas Paulistas de Outrora” de J. Wasth Rodrigues.


É nosso pensamento ter este livro um caráter pedagógico, pois, os seus capítulos foram escritos, numa ordem cronológica, desde a invasão do espanhol Rui Moschera, passando pelas tropas de 1.ª Linha, pelas Ordenanças e Milícias até os fatos contemporâneos, destacando a atuação da Polícia Militar, sempre pronta a lutar, bravamente, como as tropas do passado pela segurança de São Paulo e do Brasil.


Estão, pois, expostas nesta obra os fatos da fibra castrense dos Paulistas, não restando dúvidas de que ajudamos, e muito, a consolidação da América Portuguesa, um quadro vivo, que explica o Brasil uno, territorial e sentimentalmente.

                                                                                                      O AUTOR

Informações:

terça-feira, 9 de abril de 2013

Governador Mário Covas

Escrevemos há poucos sobre Jânio Quadros que, nos primeiros anos de seu governo (1957-59) ignorou a então Força Pública, cortando verba do seu orçamento, comprometendo até a saúde de nossos homens, escassez dos remédios no Hospital Militar, falta de médicos e tantos outros desatinos.
Mas o tempo foi passando e a atitude de Jânio Quadros foi se modificando. Ele sentiu a lealdade da tropa, sentiu o valor de seus oficiais e praças, os exemplos dignificantes dos homens de Tobias de Aguiar, mudando seu conceito e começando a admirar a nossa gente.

Presidente da República em 60, substituindo Juscelino Kubstchek, levou para Brasília uma vintena de oficiais nossos, comandados pelo inesquecível cel. Jayme dos Santos, que vitalizou o Depto. Nacional de Segurança Pública, criando, em boa hora a sua Escola de Polícia, formadora de delegados da Polícia Federal, nomeados no Brasil todo para o combate à nefasta corrupção que campeia em nossa pátria.

Com Mário Covas também aconteceu algo semelhante (Governador de 1995-99 e 99-2001). Contestador dos governos militares (Generais Castello Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo), teria sido preso pelo DOI-CODI, conduzido a Santos por uma patrulha nossa para o corretivo em um navio presídio. Sua ira não foi somente contra a PM, generalizando para as Forças Armadas da nação.

Com as Diretas, a política brasileira inverteu-se eles que eram perseguidos, porque conspiravam contra o regime tornaram-se os perseguidores e até os dias de hoje tentam, com a abertura dos arquivos do DEOPS, uma vingança que não tem sentido, reacendendo ideologias ultrapassadas, pois o que foi decretado pelo gal. João Figueiredo a anistia geral está sendo levada a um segundo plano.

Uma pergunta: essa comissão da verdade que foi nomeada para incriminar os responsáveis pelo terrorismo, levantará e estudará o arquivo referente ao vice Almirante Nelson Gomes Fernandes, morto no aeroporto de Guararapes, vítima de bombas endereçadas ao presidente Costa e Silva, quando este visitava Recife, em 1966?

E o cabo do exército nacional Mário Kosel Filho, morto na explosão quando sentinela do quartel general do segundo exercito, em 1968?

Também do nosso herói-mártir Alberto Mendes Junior assassinado com requintes de selvageria nas matas da região do Vale do Ribeira, em 1970?

E o delegado Dr. Otávio Gonçalves Moreira Junior da Polícia Civil de São Paulo, assassinado, em 73 por vários terroristas em Copacabana, numa traiçoeira perseguição.

Também a morte do cap. americano, com bolsa de estudo da USP, morto na frente de sua mulher e filhos?

E o crime da R. Piratininga, na Mooca, onde um guarda civil foi fuzilado por Lamarca?

Voltemos a Mário Covas,  o tempo é o remédio para todos os males. Ele reconheceu o valor do nosso Hospital Militar e aprovou verbas a seu favor, nomeou médicos especialistas que então precisávamos, tornou nosso amigo e admirador. No livro Clarinadas da Tabatinguera, prestei-lhe uma homenagem, no fechamento de um artigo, quando do seu falecimento, em marco de 2001:

"Governador Mário Covas, esqueça os idos das reprimendas do DOI-COI. Onde estiver, sinta o calor dos nossos homens da Infantaria, da Cavalaria, do Grupamento Aéreo, do Pelotão de Honra Fúnebre e dos Cadetes, que carregaram seu esquife nos ombros, elevando-o para mais perto de Deus. Que Deus o proteja nos páramos divinos e bem dita seja a terra de Brás Cubas que acolheu seu corpo".

No informativo ADEPOM NEWS comandado pelo bom amigo cel. Nogueira publicou o conceito que o presidente Barack Obama sobre os militares que publicamos com a devida permissão:

Para que servem os militares?

"...É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos.
É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que  temos liberdade de imprensa.
É graças aos soldados,  e não aos poetas, que podemos falar em público.
É graças aos soldados,  e não aos professores, que existe a liberdade de ensino.
É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo.
É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar..."