Boa leitura!

quarta-feira, 8 de março de 2017

O POMBAL DO 4.º BC – BAURU

Como 2.º Tenente em 1946 fui classificado no 4.º BC, assumindo a Secretaria do Batalhão, substituindo o saudoso 1.º Tenente Alcides Teodoro dos Santos, que no ano seguinte morreria como herói numa ação arriscada.

À Secretaria estava subordinado o Pombal da Unidade. Os Pombos-Correio treinados como mensageiros, levando em suas patinhas ordens cifradas do Comando.

Na Primeira Grande Guerra (1914-18) milhares deles foram caçados, em pleno voo pelos alemães e franceses, pois as mensagens representavam perigo para as respectivas Nações em guerra.

Todas as tardes, o Soldado Joaquim soltava os pombos para treinamento e uma hora mais tarde, eu agitava uma bandeira branca, com mastro de bambu e o espetáculo era lindo pois todos eles voltavam para o pombal.

Numa reforma havida na Força Pública, em fins da década de 40, todos os pombais foram extintos, na época em que a nossa Corporação deixou de ser guerreira, cedendo lugar para os treinamentos de Guerrilhas e Segurança Pública.

Mas os pombais nos deixaram muitas saudades!!!

O pitoresco da história é que, no dia, o soldado Joaquim em ocorrência fantástica: " Sr. Tenente, eu acho que o pombo nº 14 é viado, pois não para de rodear o pombo nº 09". 

Os Pombais foram herança das Missões Militares Francesas (1906/1914) e (1919/1924).