Parabéns Cel. Telhada pela bonita festa que foi a cerimônia de entrega de condecorações e comendas a militares, policiais civis e militares e as pessoas amigas da Polícia Militar.
Foi uma festa de estraordinário brilho, exaltando à amizade e trabalho das duas polícias (civil e militar), exaltando também figuras ilustres da sociedade paulista, uma lição de polícia comunitária.
No Quartel do 1º Batalhão de Polícia Militar situado na avenida Tiradentes (1º BPM/M) leva o nome do Brig. Rafael Tobias de Aguiar, fundador da tropa paulista. Em 1831, ano de sua fundação o efetivo era apenas de 130 homens, sendo 100 de Infantaria e 30 de Cavalaria. O Batalhão também é conhecido como ROTA, sigla de Rondas Ostensivas de Tobias de Aguiar.
Finda solenidade, o cenário era deslumbrante, a lua cheia iluminando o histórico Quartel da Luz. No pátio, em mármore, esculpidos os nomes dos heróis do passado, mortos em holocaustro à Patria, nos célebres recontros da Revolta da Armada, Canudos, Revoluções de 24, 30 e 32. Esculpido nas nuvens do céu, a história nos conta, os heróis anônimos da Guerra dos Farrapos, da Revolta Liberal de Sorocaba de 1842 e os famosos Permanentes na Guerra do Paraguai.
A chaminé, que fazia parte de uma usina termoelétrica construída para atender ao Quartel e ao Hospital Militar da Luz, tem em seu corpo as cicatrizes de bombardeios da Revolução de 24, quando a artilharia da Marinha quis derrubá-la para massacrar as tropas rebeldes de Miguel Costa e de Isidoro Dias Lopes.
No salão de honra do Quartel, bela arquitetura de Ramos de Azevedo, em fins dos século XIX, encontram-se pinturas antigas do Brig. Rafael Tobias de Aguiar, de sua esposa Marquesa de Santos (também o seu espelho), o quadro de ex-comandantes do Batalhão e o que mais nos comomoveu foi a bandeira nacional, agastada pelo tempo, que tremulou heroicamente em 1897, na Campanha de Canudos, na Bahia.
Dois retratos mexeram com a nossa alma, de um coronel o herói de Cananeia, na Revolução de 30. Ele, com poucos homens mal armados, atacado por centenas de gaúchos todos foram mortos, restando apenas o comandante, o Cel. Pedro Árbues Rodrigues Xavier, que com sua espada, esgrimiu com os inimigos; esgotada as balas de seu revólver, recebeu a ordem de "Renda-se paulista", Metralhado, agonizante, proclamou: "Um oficial da Força Pública de São Paulo morre mas não se rende".
Outro retrato é do jovem Ten. Alberto Mendes Junior, herói-mártir que representa a 18ª estrela de nosso Brasão. Prisioneiro de Lamarca e seus aceclas, após passar dias e dias sem alimentação, exausto e obrigado a carregar os materias de seus captores, foi friamente assassinado a golpes de coronhadas de fuzil, sendo o seu corpo abandonado na floresta, completando seu martírio. Cumpriu o juramento de defender a sua Pátria com o sacrifício da própria vida.
Chaminé
Bandeira, na Campanha de Canudos
Marquesa de Santos
Ten. Alberto Mendes Junior
Mais uma vez, Cel. Telhada, digno comandante da ROTA, meus Parabéns!