Boa leitura!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Governador Mário Covas

Escrevemos há poucos sobre Jânio Quadros que, nos primeiros anos de seu governo (1957-59) ignorou a então Força Pública, cortando verba do seu orçamento, comprometendo até a saúde de nossos homens, escassez dos remédios no Hospital Militar, falta de médicos e tantos outros desatinos.
Mas o tempo foi passando e a atitude de Jânio Quadros foi se modificando. Ele sentiu a lealdade da tropa, sentiu o valor de seus oficiais e praças, os exemplos dignificantes dos homens de Tobias de Aguiar, mudando seu conceito e começando a admirar a nossa gente.

Presidente da República em 60, substituindo Juscelino Kubstchek, levou para Brasília uma vintena de oficiais nossos, comandados pelo inesquecível cel. Jayme dos Santos, que vitalizou o Depto. Nacional de Segurança Pública, criando, em boa hora a sua Escola de Polícia, formadora de delegados da Polícia Federal, nomeados no Brasil todo para o combate à nefasta corrupção que campeia em nossa pátria.

Com Mário Covas também aconteceu algo semelhante (Governador de 1995-99 e 99-2001). Contestador dos governos militares (Generais Castello Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo), teria sido preso pelo DOI-CODI, conduzido a Santos por uma patrulha nossa para o corretivo em um navio presídio. Sua ira não foi somente contra a PM, generalizando para as Forças Armadas da nação.

Com as Diretas, a política brasileira inverteu-se eles que eram perseguidos, porque conspiravam contra o regime tornaram-se os perseguidores e até os dias de hoje tentam, com a abertura dos arquivos do DEOPS, uma vingança que não tem sentido, reacendendo ideologias ultrapassadas, pois o que foi decretado pelo gal. João Figueiredo a anistia geral está sendo levada a um segundo plano.

Uma pergunta: essa comissão da verdade que foi nomeada para incriminar os responsáveis pelo terrorismo, levantará e estudará o arquivo referente ao vice Almirante Nelson Gomes Fernandes, morto no aeroporto de Guararapes, vítima de bombas endereçadas ao presidente Costa e Silva, quando este visitava Recife, em 1966?

E o cabo do exército nacional Mário Kosel Filho, morto na explosão quando sentinela do quartel general do segundo exercito, em 1968?

Também do nosso herói-mártir Alberto Mendes Junior assassinado com requintes de selvageria nas matas da região do Vale do Ribeira, em 1970?

E o delegado Dr. Otávio Gonçalves Moreira Junior da Polícia Civil de São Paulo, assassinado, em 73 por vários terroristas em Copacabana, numa traiçoeira perseguição.

Também a morte do cap. americano, com bolsa de estudo da USP, morto na frente de sua mulher e filhos?

E o crime da R. Piratininga, na Mooca, onde um guarda civil foi fuzilado por Lamarca?

Voltemos a Mário Covas,  o tempo é o remédio para todos os males. Ele reconheceu o valor do nosso Hospital Militar e aprovou verbas a seu favor, nomeou médicos especialistas que então precisávamos, tornou nosso amigo e admirador. No livro Clarinadas da Tabatinguera, prestei-lhe uma homenagem, no fechamento de um artigo, quando do seu falecimento, em marco de 2001:

"Governador Mário Covas, esqueça os idos das reprimendas do DOI-COI. Onde estiver, sinta o calor dos nossos homens da Infantaria, da Cavalaria, do Grupamento Aéreo, do Pelotão de Honra Fúnebre e dos Cadetes, que carregaram seu esquife nos ombros, elevando-o para mais perto de Deus. Que Deus o proteja nos páramos divinos e bem dita seja a terra de Brás Cubas que acolheu seu corpo".

No informativo ADEPOM NEWS comandado pelo bom amigo cel. Nogueira publicou o conceito que o presidente Barack Obama sobre os militares que publicamos com a devida permissão:

Para que servem os militares?

"...É graças aos soldados, e não aos sacerdotes, que podemos ter a religião que desejamos.
É graças aos soldados, e não aos jornalistas, que  temos liberdade de imprensa.
É graças aos soldados,  e não aos poetas, que podemos falar em público.
É graças aos soldados,  e não aos professores, que existe a liberdade de ensino.
É graças aos soldados, e não aos advogados, que existe o direito a um julgamento justo.
É graças aos soldados, e não aos políticos, que podemos votar..."

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