A casa de detenção na década de 40 estava situada na Av. Tiradentes, em frente ao primeiro Batalhão, conhecido como o Quartel da Luz e nos dias atuais, a Rota.
Ela conserva ainda da sua antiga estrutura os contornos do portão, por onde passavam várias gerações de criminosos.
Parede e meia situava-se o velho quartel do Centro de Instrução Militar - CIM, com a sua escola de oficiais, alojando o pré militar e o Curso de Oficiais Combatentes - COC eram repetidas as fugas e tentativas dos detentos do presídio e, numa delas, houve um erro de cálculo, os fugitivos, no fim do túnel, adentrando à sala dos nossos oficiais e instrutores.
Desesperados trocaram seus uniformes de presidiários por fardamento dos oficiais. Eram capitães e tenentes, envergando o caqui, com seus bonés, galões e talabartes. Com muita cautela, dirigiram para o portão de saída para o jardim da Luz, recebendo do sentinela o "Apresentar Arma", a continência devida.
Num relance, o sentinela notou que todos estes 'oficiais' estavam descalços, o que motivou o toque do alarme quando toda a guarda militar conseguiu capturá-los escondidos que estavam no jardim da Luz.
O prezado leitor perguntará: O que tem a ver esta fuga com o título acima: O luar de Vila Sônia?
Aconteceu que, ao escoltarmos os fugitivos, recambiando-os para o presidio da Av. Tiradentes, conhecemos o detento Paulo Miranda, famoso cantor de romântica canções, com o seu disco, O luar de Vila Sônia, grande sucesso na época.
A canção era linda, romântica, melancólica de um amor perdido e a beleza do luar de Vila Sônia.
Paulo Miranda, ainda vive?
ResponderExcluir