É deveras esplêndida a contribuição paulista na segurança da nossa Terra, pois, em todos os momentos críticos da nacionalidade brasileira, nos distúrbios sociais ou políticos, revoltas, revoluções ou guerras, São Paulo esteve sempre presente, com a sua Bandeira das Treze Listras tremulando, altaneira e majestosa, protegendo o ideal do nosso povo, honrando os ditames de sua heráldica - DE DIA E DE NOITE OS PAULISTAS DEFENDEM O BRASIL EM TODAS AS DIREÇÕES MESMO COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA. É o paulista com o Brasil no seu Brasão, na sua Bandeira e no seu coração.
Já no alvorecer da nossa história, os guerreiros vicentinos, com um pequeno exército tupiniquim, repeliram o invasor espanhol, alertando a Corte Portuguesa do valor imenso da terra de Santa Cruz e do perigo de invasão de Nações Européias, que já namoravam a Terra dos Papagaios e do Pau Brasil.
O Termo da Vila de São Vicente de 1542, provocou uma ordem régia, já em 1548, na qual o Soberano de Portugal, preocupado com a segurança da nova Colônia, determinou às Capitanias Hereditárias, que todas elas tivessem peças de artilharia, pólvora necessária, arcabuzes, catapultas, lanças, espingardas e espadas.
Portugal já havia arregimentado suas Tropas, em Lisboa, equipando-as, armando-as e treinando-as, à moda dos exércitos europeus, que já tinham se despojado das armas, das técnicas e táticas medievais.
Toda essa estrutura Portugal transferiu ao Brasil, iniciando o ciclo das Tropas de 1.ª Linha, que recebiam soldo; de 2.ª Linha, Milícias ou Auxiliares; 3.ª Linha, as Ordenanças, que são as raízes das Polícias Militares dos estados brasileiros.
Os Regimentos ou Terços dessas Tropas de Linha lutaram, bravamente, no sul do nosso País, contra os castelhanos de Buenos Aires e de Assunção, pois as guerras freqüentes entre Portugal e Espanha refletiam na Colônia, só terminando quando a Cisplatina se tornou a Nação Uruguaia. Não nos esqueçamos de destacar a atuação das Companhias de Ordenanças, na Praça de Iguatemi – o Cemitério dos Paulistas – no sul de Mato Grosso, pois a Coroa temia a invasão dos paraguaios, atraídos pelo ouro das Minas Gerais.
As Tropas de Primeira e Segunda Linhas são o Exército Nacional de hoje, desde 1824 e as Milícias e as Ordenanças foram extintas, pelo Padre Diogo Antonio Feijó, quando Ministro da Justiça da Regência Trina, em 1831, o qual, com a mesma pena criou a Guarda Nacional (a Milícia Cidadã que prestou grandes serviços à Nação, sendo desmobilizada em setembro de 1922) e os Permanentes da Corte, recomendando aos Presidentes das Províncias igual providência. Assim, pois, foi criada a Guarda Municipal Permanente em nossa Província, pelo então Coronel de Milícia Rafael Tobias de Aguiar. É o nome de batismo da nossa Corporação, a qual, no decorrer dos anos foi denominada Corpo Policial Permanente, Corpo Policial Provisório, Força Pública Estadual, Força Policial e Força Pública que, na fusão com a Guarda Civil em 1970, tomou a denominação de Polícia Militar, em cujo Brasão resplandecem 18 Estrelas, na bordadura do Escudo, representantes dos marcos históricos da Corporação.
No Brasão destaca-se, à direita, a figura do bandeirante Domingos Jorge Velho, o vencedor do Quilombo dos Palmares. Está na posição de sentido, com bacamarte e espada, representando a epopéia dos Homens de botas de sete léguas, que chutaram as linhas das Tordesilhas para as bandas do oceano pacífico, triplicando a extensão da América Portuguesa, o milagre Brasil, gigante pela própria natureza.
Estão, pois, expostas neste Artigo os fatos da fibra castrense dos Paulistas, não restando dúvidas de que ajudamos, e muito, a consolidação da América Portuguesa, um quadro vivo, que explica o Brasil uno, territorial e sentimentalmente.
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