O 1º Tenente Eliziário
Chaves, chefe do Setor de Comunicação Social do 6 BPM/I-Santos, a Pátria de
Bráz Cubas, que os índios do Planalto à chamavam de Paranapiacaba (A terra de
onde se vê o mar), cultor da História, perguntou-me sobre o Coronel Pedro
Árbues Rodrigues Xavier, patrono da heróica Unidade da Baixada Santista, que se
imolou na Revolução de 1930, em Cananeia, na defesa dos ideais das Gentes
Bandeirantes.
Meu Caro Tenente Eliziário, do livro ''Asas e Glórias de São Paulo'' (Autoria dos Ceis. José Canavó Filho e Edilberto de Oliveira Mello), extraímos do capítulo (A Revolução de 1930), o artigo sobre a figura do nosso herói mártir, Coronel Pedro Árbues Rodrigues Xavier.
Pedro Árbues Rodrigues Xavier é a síntese do heroísmo de um soldado. Proferiu aquele juramento sagrado e o cumpriu integralmente, pois defendeu a Lei com o sacrifício da própria vida.
Já reformado, com sessenta e um anos de idade, o coronel Árbues apresentou-se ao Comando da Força, voluntariamente, em outubro de 1930, para o serviço de guerra, quando as forças do Sul pretendiam invadir São Paulo, demandar o Rio de Janeiro e depor o grande Presidente Washington Luís.
O Quartel General era toda vibração patriótica e suas dependências se apinhavam de oficiais e praças inativos, possuídos de grande entusiasmo e orgulhosos de poderem prestar mais um serviço à gloriosa Milícia Paulista.
Muitos envergavam ainda uniformes fora de moda mas todos se mostravam garbosos e varonis, trazendo no peito o mesmo ardor combativo dos tempos passados, nas lutas por São Paulo e pelo Brasil. Empertigavam-se ao cruzarem os portões do Quartel, lembrando as glórias da tropa bandeirante, pressurosos em voltarem ao teatro das contendas.
Pedro Árbues, o primeiro deles, apesar da idade, ainda conservava aquele mesmo porte espartano do tempo da mocidade, quando se alistara no primeiro Corpo da então Brigada Policial, em fins do século 19.
Meu Caro Tenente Eliziário, do livro ''Asas e Glórias de São Paulo'' (Autoria dos Ceis. José Canavó Filho e Edilberto de Oliveira Mello), extraímos do capítulo (A Revolução de 1930), o artigo sobre a figura do nosso herói mártir, Coronel Pedro Árbues Rodrigues Xavier.
Pedro Árbues Rodrigues Xavier é a síntese do heroísmo de um soldado. Proferiu aquele juramento sagrado e o cumpriu integralmente, pois defendeu a Lei com o sacrifício da própria vida.
Já reformado, com sessenta e um anos de idade, o coronel Árbues apresentou-se ao Comando da Força, voluntariamente, em outubro de 1930, para o serviço de guerra, quando as forças do Sul pretendiam invadir São Paulo, demandar o Rio de Janeiro e depor o grande Presidente Washington Luís.
O Quartel General era toda vibração patriótica e suas dependências se apinhavam de oficiais e praças inativos, possuídos de grande entusiasmo e orgulhosos de poderem prestar mais um serviço à gloriosa Milícia Paulista.
Muitos envergavam ainda uniformes fora de moda mas todos se mostravam garbosos e varonis, trazendo no peito o mesmo ardor combativo dos tempos passados, nas lutas por São Paulo e pelo Brasil. Empertigavam-se ao cruzarem os portões do Quartel, lembrando as glórias da tropa bandeirante, pressurosos em voltarem ao teatro das contendas.
Pedro Árbues, o primeiro deles, apesar da idade, ainda conservava aquele mesmo porte espartano do tempo da mocidade, quando se alistara no primeiro Corpo da então Brigada Policial, em fins do século 19.
Sua fé de ofício era das mais brilhantes,
pois em todos os postos e hierarquia prestara inestimáveis serviços, tanto nas
funções policiais, como em ações militares. Em 1912 comissionado pelo Governo
do Estado, foi estagiar em países da Europa, percorrendo a Itália, França e
Alemanha, onde aprimorou seus conhecimentos.
Depois de exercer o comando de várias
Unidades da Força, pede a reforma, em 1917, no mesmo primeiro Batalhão, onde há
3 décadas havia ingressado para a luminosa carreira. Não podia pensar que treze
anos após voltaria à caserna, atendendo a um imperativo da alma, pondo a
serviço da Pátria sua experiência e desassombro.
Esse velho soldado iria por um ponto
final em sua vida com um ato viril, estóico e heróico.
Apresentando-se pois, para mais esse
serviço à Nação, recebe a missão de barrar o avanço do inimigo que, transpondo
o limite com o Paraná, ameaçava as cidades de Iguape e Cananeia, do nosso
litoral Sul.
Recebe poucos homens para esta missão
tão grande e paupérrimo material bélico lhe é fornecido. Porém, para um soldado
de São Paulo isso não era empecilho para o cumprimento de um dever.
Segue para o local e escolhe o morro
de Itapetingui, perto de Cananeia para esperar o inimigo, pois este não
tardaria a chegar.
A 23 de outubro, uma tropa aguerrida,
bem armada e numerosa cerca os bravos soldados que lutam, desesperadamente, mas
não resiste ao adversário, que é mais forte e bem treinado.
Prestes ao assalto inimigo,
Pedro Árbues, sente-se sozinho, pois vê acabar a munição e, um a um, seus
comandados sucumbirem.
- RENDA-SE PAULISTA, GRITA A TROPA GAÚCHA.
- UM VELHO SOLDADO DA FORÇA PÚBLICA MORRE. NÃO SE ENTREGA -
responde.
Gasto o último cartucho de seu revólver,
transforma-o em projétil que lança sobre o invasor. Uma saraivada de balas põe
termo a essa resistência heróica, ceifando a vida de um bravo que, tombando,
manteve de pé e bem alta a honra do soldado paulista.
O próprio inimigo mostrou-se
emocionado, maravilhado com tanta bravura e, reconhecendo esse valor militar
imenso, dá-lhe sepultamento e lhe presta as honras de estilo.
Em 1934 uma Comissão de Oficiais vai a
Itapetingui e traz para São Paulo seus despojos que, depois de reverenciados
pelas mais altas autoridades civis e militares e pelo povo paulista, estão hoje
inumados no Cemitério São Paulo, ao lado de outros bravos da milícia de
Piratininga.
A 25 de agosto de 1938, o coronel Mário
Xavier, do Exército, Comandante Geral da Força, ao inaugurar, no Salão Nobre do
Quartel General, o retrato do coronel Pedro Árbues Rodrigues Xavier, assim se
expressa:
''Inaugura-se nesta galeria o retrato de um
bravo militar. Nenhum outro dia, senão o de hoje, consagrado ao soldado
brasileiro, seria melhor para comemorar a vida nobre e o feito histórico de
Pedro Árbues, Coronel da Força Pública do Estado de São Paulo, tombado no campo
da honra no estrito cumprimento do dever".
O emérito Cel PM EDILBERTO foi muito objetivo e feliz ao retratar a determinação, bravura e honra exemplar do memorável Cel PEDRO ÁRBUS.
ResponderExcluir* Do Delegado da ADESG no Estado de São Paulo
Tive muita honra de servir por 24 anos no 6ºBPM/I Batalhão Ten Cel Pedro Arbues!
ResponderExcluirBom dia meus caríssimos irmãos de farda, gostaria de saber se nosso Herói Pedro Árbues, pertenceu a Maçonaria.
ResponderExcluirCaso positivo, gostaria de obter a resposta em meu e-mail hiltonquelhas@msn.com